Em 2013 o departamento de TI da Universidade de Cambridge, que tinha como gerente Ian Tasker, descobriu que em todos os campi haviam quase 200 servidores num total de 120 departamentos. Percebeu-se que a maioria deles estavam mal posicionados e mal refrigerados, muito por conta dos tamanhos das salas em que esses servidores estavam instalados, principalmente onde encontrava-se um número pequeno de máquinas. Tasker percebeu também que as informações estavam fragmentadas, por conta de que cada departamento cuidava de seus próprios interesses e gerenciava à sua maneira, sem qualquer tipo de integração. Outra questão que a equipe tinha como meta era a diminuição de gases de carbono em 34% até 2020.
Mais de 30 milhões de dólares de investimentos e dois objetivos estavam definidos: padronizar e facilitar o uso das informações e aperfeiçoar as máquinas quanto ao uso de energia para diminuir o volume de carbono produzido.
No primeiro momento, o desafio foi localizar e determinar onde e quanto cada hardware trabalhava e consumia. Tasker monitorou o uso, observou o consumo geral de energia e como os coolers funcionavam. A complexidade dos sistemas também era uma barreira para a execução dos processos e seu departamento precisou fazer o mapeamento de como tudo funcionava para poder oferecer a melhor solução baseada nas necessidades da universidade.
O segredo do novo data center foi separar as salas dos servidores se baseando em diferentes densidades de informações. No total, são quatro salas, sendo que uma delas estaria preparada somente para ser utilizada no futuro, com o aumento natural das demandas. O pacote de soluções utilizado pela equipe de Ian Tasker visaria a consolidação do novo sistema, eficiência, monitoramento e gerenciamento de pequenas panes, flexibilidade e capacidade de armazenamento de novas informações.
Além das melhorias previstas quanto à utilização do novo sistema, há uma previsão de que o nível de geração de carbono diminua em 10% somente na sua implantação e consolidação e também na redução do consumo de energia elétrica.
Hoje, o novo data center da Universidade de Cambridge está na fase final de testes e uma nova equipe está sendo recrutada para operacionalizar o sistema. Nos próximos meses estará acontecendo o processo de transição.
Segundo Tasker, o mais importante a ser lembrado é que esse tipo de transformação precisa ser encarado como uma jornada de médioa longo prazo e não a curto, considerando também as necessidades da organização hoje e do que poderá vir amanhã. Sua estratégia terá que estar alinhada com esses interesses em relação aos prazos, em conjunto com o que a tecnologia pode oferecer.
Com informações da CIO