Infraestruturas mais rápidas permitem que se aproveite mais do espaço físico de rack. Afinal, as redes precisam de menos servidores, menos conexões e menos switches. Este artigo apresenta dicas de como fazer a transição para o 100G.

Com o aumento maciço da quantidade de dados que precisa ser processada, o 100G será uma necessidade para muitas organizações.

  Infraestruturas mais rápidas permitem que se aproveite mais do espaço físico de rack. Afinal, as redes precisam de menos servidores, menos conexões e menos switches. Uma rede mais rápida permite que você coloque mais computação no mesmo espaço. Neste artigo, apresentamos dicas para fazer a transição para o 100G.

Decida onde 25G/100G faz sentido

  Uma única conexão 100G pode ser dividida em quatro canais ou faixas de 25G cada. É por isso que a rede 100G é às vezes chamada de 25G/100G. Provavelmente, você executará conexões de 100G entre seus switches e 25G em seus servidores. Isso não é diferente da rede 10G/40G, na qual você executará 40G entre switches e 10G em seus servidores. Também é comum ter conexões 40G com blade chassis para fornecer largura de banda suficiente para todos os blades.

  Mas atualizar a sua rede para 100G não significa que todos os servidores precisam suportar 25G imediatamente. Decida onde 25G faz sentido. Se você estiver executando 10G em seus servidores e não tiver gargalos, a atualização desses links para 25G não fornecerá vantagens proporcionais à quantidade de trabalho e ao dinheiro gasto. Pode fazer sentido ficar apenas com 10G para esses servidores, pelo menos até a próxima atualização do servidor.

  Mas se estiver pensando em mudar o servidor de 10G para 40G, a rede 25G é provavelmente a melhor escolha. Uma única porta de 100G pode ser dividida em dois links de 50G, oferecendo a opção de conectar dois servidores a 50G cada. Você conecta o mesmo número de servidores, obtém mais largura de banda e usa menos portas. Os benefícios se apresentam claramente quando se compara essa configuração com a execução de 40G para dois servidores. Você teria que utilizar duas portas do switch em vez de uma, e ainda estaria recebendo menos largura de banda.

  Se por outro lado estiver executando 10G e precisar de mais largura de banda, mas achando que o 40G é mais do que você precisa, é possível considerar usar conexões adicionais 10G. Se você tiver muitas portas de switch de sobrando, isso pode ser uma opção razoável. No entanto, se não tiver muita sobra, poderá trocar todas as conexões 10G por uma de 25G sem consumir qualquer porta de switch adicional.

  Da perspectiva de espaço em rack, o 100G/25G é mais eficiente. A mudança não exige mais espaço no rack ou o movimento dos componentes. Basta substituir os seus switches 10/40G por 25G/100G e fazer a troca de um por um.

  O caminho seguinte: use 25G/100G onde você precisa de mais largura de banda e mais flexibilidade no rack. Fique com 10G/40G onde existe capacidade para executar conexões adicionais, sem ter que comprar mais switches.

Certifique-se de que seus switches de 100G sejam compatíveis com os de 10G/40G

  Provavelmente, você não fará uma atualização tipo “empilhadeira” para atingir 100G, substituindo os seus servidores, switches e cabeamento de uma só vez. Talvez a sua rede ainda terá algumas conexões 10G/40G que precisam permanecer no lugar durante a transição. Para suportar as suas conexões 10G/40G, os novos switches leaf precisarão operar com seus módulos QSFP+ e SFP+ existentes. Ao comprar novos switches leaf, procure por modelos que aceitem QSFP28, que é fisicamente capaz de receber módulos QSFP+. Se você tiver módulos SFP+ que deseja usar, verifique se os novos switches também aceitam o SFP28.

  Tenha em mente que um switch que aceite QSFP28 e um conector QSFP+ na mesma porta não garante que os seus módulos QSFP+ funcionem. O mesmo vale para módulos SFP+ e portas SFP28. Leia com atenção as especificações do produto para garantir que os módulos existentes funcionem com o novo equipamento.

  Observe também que as portas QSFP28 e SFP28 não podem suportar módulos SFP com Gigabit, portanto se você ainda estiver usando Gigabit no servidor, verifique se os switches leaf que você comprou têm portas SFP suficientes para acomodar todos os módulos.

Escolha os adaptadores de rede que suportam 25G/100G

  Essa recomendação pode parecer óbvia, mas nem todos os equipamentos são fornecidos com adaptadores de rede de 25G. Na próxima atualização de hardware do servidor, verifique se há adaptadores compatíveis com 25G/100G. Felizmente, isso não significa desistir de 10G/40G, pois adaptadores que podem fazer 10/25/40 / 50/ 100G já estão disponíveis. Assim, você pode ficar em 10G hoje e fazer a transição para 25G quando estiver pronto. Isso lhe dá a flexibilidade de atualizar os seus switches ou servidores primeiro.

Entenda o seu alcance

  As distâncias em que você pode obter 100G não diferem muito de 10G/40G. Porém, há mais detalhes para ter em mente do que apenas a distância. Se precisar de fibra óptica de longo alcance, alguns switches limitam você a portas específicas. Além disso, outros switches limitarão o número de portas 100G que se pode dividir em conexões 4x25G ou 2x50G.

  Essas limitações podem afetar o quanto de densidade você pode de fato alcançar. Como mencionado anteriormente, sempre leia as especificações do produto com atenção, para garantir que você detecte qualquer problema associado ao uso de breakouts e fibra óptica de longo alcance.

  Para concluir, a transição para 100G traz muitos benefícios tangíveis para a sua rede, incluindo o aumento da velocidade e a otimização do espaço físico do rack. Além disso, baseado na maneira como a indústria se expande rapidamente, atualizar-se está se tornando uma prática necessária – é melhor ficar à frente da tendência do que ter que alcançar todos os outros. No entanto, é importante fazer essa transição de maneira ponderada e deliberada. Seguir as práticas recomendadas e manter essas considerações em mente garantirão que suas novas atualizações 100G sejam personalizadas para as necessidades e especificações de sua rede.